sábado, 9 de junho de 2007

JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA




"... e que se ergam, nos arredores de meu palácio, elevações de pedra com forma de montanha, e que se plantem nestas construções toda espécie de flores e frutas, e que se construam quedas d'água, formando um ambiente onde deverá transitar toda espécie de animal exótico..."


(Nabucodonossor II)



Algumas referências dizem que os jardins suspensos avançavam metros e metrosna direção dos céus, mas as evidências arqueológicas na cidade da Babilônia indicam que eles não eram tão elevados – ainda assim possuíssem altura considerável.

A antiga cidade da Babilônia, na Mesopotâmia, no reinado de Nabucodonossor II, era uma maravilha para os olhos dos viajantes. "Além do tamanho, escreveu o historiador Heródoto, em 450 a.C., a Babilônia ultrapassa em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido até hoje".

Relatos indicam que os Jardins Suspensos foram construídos pelo rei Nabucodonosor, que reinou por 43 anos, a partir do ano 605 antes da nossa era. Este período marca o apogeu e influência tanto da Babilônia quanto de Nabucodonosor, que construiu uma infinidade de templos, ruas, palácios e muralhas. Sabe-se que os Jardins foram construídos para alegrar sua amada esposa, a Rainha Amyitis, que sentia saudades das montanhas verdejantes de sua terra natal, Medes: Medes era uma terra montanhosa e cheia de pastagens, de forma que a jovem rainha achou extremamente deprimente o solo plano e arenoso da Babilônia. Seu esposo, então, decidiu recriar a paisagem natal de Amyitis com da construção de uma montanha artificial e um jardim na parte superior, o qual estava superposto à montanha, tal qual um terraço ou balcão. O geógrafo grego Strabo, que descreveu os jardins no primeiro século antes da nossa era, escreveu:

"Eles consistem de terraços superpostos, erguidos sobre pilares em forma de cubo. Estes pilares são ocos e preenchidos com terra para que ali sejam plantadas as árvores de maior porte. Os pilares e terraços são construídos de tijolos cozidos e asfalto. A subida até o andar mais elevado era feita por escadas, e na lateral, estavam os motores de água, que sem cessar levavam a água do rio Eufrates até os Jardins”.


CURIOSIDADES...

Strabo, geógrafo grego, aborda o aspecto mais extraordinário dos jardins suspensos para os povos da Antigüidade. A região da Babilônia raramente recebia chuvas e para os jardins sobreviverem, deveriam ser irrigados com águas do rio Eufrates, que situava-se nas proximidades. Isto quer dizer que a água deveria ser elevada de forma a fluir através dos terraços, molhando as plantas de cada andar. Provavelmente, a tarefa era executada por meio de um sistema de bombeamento por corrente.

À construção dos jardins e à irrigação destes, deve ser somado o problema da necessidade de evitar que o líquido arruinasse as fundações do complexo. Uma vez que pedra era material escasso nas planícies mesopotâmicas, a maioria das construções usava tijolos de argila cozidos. Estes tijolos, que tinham uma espécie de betume usado como liga, também podiam ser dissolvidos pela água. Mas, como a região era seca e árida, não havia problemas em utilizá-los desta forma. Entretanto, os jardins exigiam irrigação constante, com a necessidade de ter suas fundações protegidas. Um historiador grego, registrou que as plataformas sobre as quais estavam os jardins eram grandes plataformas de pedra (algo anteriormente desconhecido pelos Babilônicos), cobertas por camadas de juncos, asfalto e azulejos. Sobre elas, colocava-se uma cobertura com folhas de chumbo para que a umidade vinda da terra não chegasse a atingir as fundações dos pilares. Só então era colocada a terra, numa profundidade suficiente para permitir que fossem plantadas as árvores mais altas. Qual era o tamanho dos jardins? Diodoro afirmou que eles tinham cerca de 400 pés de comprimento (121,92 m) por 400 pés de largura (121,92 m) e mais de 80 pés de altura (24,38 m). Outros relatos indicam que a altura era igual às muralhas exteriores da cidade. Segundo se sabe, as muralhas chegavam a 320 pés de altura (97,53 m).

Referências:

http://www.misteriosantigos.com/7_antigas.htm

br.geocities.com/mitologica_2000/7maravilhas.htm

pt.wikipedia.org/wiki/Sete_maravilhas_do_Mundo_Antigo

www.culturabrasil.org/7wonders.htm

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